Midias sociais: práticas potiguares
Recentemente, participei do Encontro de Pesquisa e Extensão – ENCOPE da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN (2010) em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), onde apresentei o resultado de estudo com o tema: “Comunicação Corporativa Contemporânea: mídias sociais, novas práticas empresariais”.
O estudo em questão, identificou como as organizações potiguares estão se portando diante das mídias sociais. As transformações ocasionadas pela web 2.0 são perceptíveis, inclusive, influenciando nas formas de se relacionar. O mundo corporativo se rende as mídias sociais, tornando-se mais competitivo. O mundo dos negócios presencia um novo processo de comunicação, para França (2007, p.13) “a globalização requer uma renovação nos paradigmas da comunicação organizacional, um caminhar lado a lado das novas ferramentas de produção e administração adotadas pelas empresas”. As empresas nacionais, dos mais diversos segmentos fazem uso da internet para promover suas marcas e estreitar o relacionamento com seus clientes, fornecedores, colaboradores e acionistas. As ferramentas utilizadas são as mais variadas, permitindo o compartilhamento de idéias, experiências e perspectivas, onde o grande diferencial é a interação entre os usuários. O estudo avaliou a utilização das mídias sociais na comunicação corporativa contemporânea, através de levantamento dos tipos de mídias sociais mais utilizadas pelas organizações potiguares, além de conhecer os critérios de escolhas dessas mídias. Para realização de coleta de dados, a pesquisa foi distribuída em duas etapas, on-line e off-line. A etapa on-line contou com divulgação da pesquisa em rede, acessos aos endereços de Blogs, Orkut, Twitter etc., avaliando o conteúdo e linguagem utilizada nos posts. Na etapa off-line, os critérios utilizados para mapeamento das empresas pesquisadas foram as revistas Empresas TOP Mossoró e Natal (2009).
Foi utilizada uma mostra de 10% do universo de 201 empresas na pesquisa, onde foi constatado que 75% das empresas dispõem de site e dentre os ramos de atividade 25% não possuem qualquer ação voltada à internet, entre os setores que mais investem na web destacam-se educação, construtoras, hotéis, supermercados, lojas de artigos esportivos e hospitais. São incontestáveis as mudanças sociais ocasionadas pela internet, o acesso à informação acontece em tempo real, proporcionando um leque abrangente de opções. Para Terra (2008, p.36), “Formas de comunicação inovadora, mobilidade total e colaboração são as palavras que definem o momento”. As organizações devem conhecer melhor a Web 2.0 e suas ferramentas para tornar sua comunicação mais estratégica, afinal, os formadores de opinião, consequentemente, indivíduos que afetam seu negócio estão conectados a rede e cada vez mais atualizados e exigentes. No Brasil, os números relacionados a redes sociais são muito expressivos, as empresas estão descobrindo formas de contratar profissionais, expor suas marcas e se comunicar. A pesquisa apontou que as ferramentas mais utilizadas por empresas potiguares são twitter 25%, blogs 15%, orkut 10%, outros 10% e 40% não responderam. Cada empresa tem propósitos distintos quanto às mídias sociais adotadas, no entanto, 75% apontaram o boca-a-boca como maior propósito. Já com relação ao retorno previsto, 35% prevêem que ocorra em longo prazo, 40% médio e 25% não responderam. Quanto aos critérios de escolha das ferramentas utilizadas 50% afirmam ser por inovação, 10% indicação e 40% não respondeu. A adoção das redes sociais por empresas potiguares é tímida, mas, o desconhecimento de como se portar no ambiente virtual e de manipular essas ferramentas ainda é o maior obstáculo.
O resultado deste estudo, originou um segundo estudo sobre a utilização das mídias sociais na “educação”, uma vez que a pesquisa anterior apontou o setor como o que mais investe em mídias sociais no Rio Grande do Norte. Diante desse contexto, foi realizada nova pesquisa utilizando os mesmos critérios de mapeamento anterior, onde os resultados do estudo foram apresentados no III Congresso Científico da Universidade Potiguar – UnP (2010), com o tema: “Comunicação Contemporânea Educacional: mídias sociais, novas práticas educacionais”.
De acordo com dados avaliados, 100% da amostra possuem site, dentro desse universo, todos contam com design moderno, espaços para postar vídeos, área restrita, informativos, e recados, porém, foi observado que o espaço de recados não oportuniza réplica às criticas, sugestões ou elogios, o que caracteriza uma comunicação unilateral. 77% das instituições desconhecem o fato dos docentes manterem blogs e 22% das instituições afirmaram ter conhecimento de que alguns docentes mantêm página na internet, mas, desconhecem o endereço. Dentre os blogs avaliados, 30% são editados por docentes de disciplinas da grade curricular comum do ensino médio (português e filosofia) e 70% da grade curricular de disciplinas especifica (técnicas secretariais e administração), além da disciplina de comunicação na graduação.
Conforme analise dos dados, fica evidente que a relação entre docentes e instituições de ensino encontra-se distanciada, podendo, através de esforços conjuntos obterem melhores resultados. A escola 2.0 ainda não é realidade potiguar, a falta de conhecimento impossibilita a ação dos docentes no ambiente virtual, além da cultura das instituições. O grande desafio é conquistar a atenção de alunos da era digital, mantendo uma cultura tradicional. A pesquisa não evidenciou a utilização da internet focada em algum projeto significativo, envolvendo escola e comunidade, o que demonstra a subutilização dos equipamentos e da rede.
Em ambas as situações, observamos que o maior obstáculo é sem dúvida a falta de conhecimento, no entanto, vale salientar que não foi observado nenhum esforço que possibilite uma ação futura. Devemos atentar, que tanto as organizações como as instituições de ensino estão lidando com nativos digitais (termo utilizado para caracterizar indivíduos nascidos a partir da década de 90 – já utilizando o computador), isto posto, torna-se relevante, não apenas saber como chamar sua atenção, mais como prender a atenção, além de ter conhecimento do que falam esses nativos sobre as marcas e produtos que consomem.
No caso das instituições educacionais a responsabilidade torna-se ainda maior, pois devem promover orientações sobre a utilização das ferramentas disponíveis no ambiente virtual, evitando uso inadequado da ferramenta e da rede, minimizando os efeitos nocivos aos alunos, como pesquisas inadequadas ou aliciamento no ciberespaço.
Em ambas as situações, o ideal é optar por uma política de utilização da internet, estabelecendo diretrizes e proporcionando orientações.
O estudo em questão, identificou como as organizações potiguares estão se portando diante das mídias sociais. As transformações ocasionadas pela web 2.0 são perceptíveis, inclusive, influenciando nas formas de se relacionar. O mundo corporativo se rende as mídias sociais, tornando-se mais competitivo. O mundo dos negócios presencia um novo processo de comunicação, para França (2007, p.13) “a globalização requer uma renovação nos paradigmas da comunicação organizacional, um caminhar lado a lado das novas ferramentas de produção e administração adotadas pelas empresas”. As empresas nacionais, dos mais diversos segmentos fazem uso da internet para promover suas marcas e estreitar o relacionamento com seus clientes, fornecedores, colaboradores e acionistas. As ferramentas utilizadas são as mais variadas, permitindo o compartilhamento de idéias, experiências e perspectivas, onde o grande diferencial é a interação entre os usuários. O estudo avaliou a utilização das mídias sociais na comunicação corporativa contemporânea, através de levantamento dos tipos de mídias sociais mais utilizadas pelas organizações potiguares, além de conhecer os critérios de escolhas dessas mídias. Para realização de coleta de dados, a pesquisa foi distribuída em duas etapas, on-line e off-line. A etapa on-line contou com divulgação da pesquisa em rede, acessos aos endereços de Blogs, Orkut, Twitter etc., avaliando o conteúdo e linguagem utilizada nos posts. Na etapa off-line, os critérios utilizados para mapeamento das empresas pesquisadas foram as revistas Empresas TOP Mossoró e Natal (2009).
Foi utilizada uma mostra de 10% do universo de 201 empresas na pesquisa, onde foi constatado que 75% das empresas dispõem de site e dentre os ramos de atividade 25% não possuem qualquer ação voltada à internet, entre os setores que mais investem na web destacam-se educação, construtoras, hotéis, supermercados, lojas de artigos esportivos e hospitais. São incontestáveis as mudanças sociais ocasionadas pela internet, o acesso à informação acontece em tempo real, proporcionando um leque abrangente de opções. Para Terra (2008, p.36), “Formas de comunicação inovadora, mobilidade total e colaboração são as palavras que definem o momento”. As organizações devem conhecer melhor a Web 2.0 e suas ferramentas para tornar sua comunicação mais estratégica, afinal, os formadores de opinião, consequentemente, indivíduos que afetam seu negócio estão conectados a rede e cada vez mais atualizados e exigentes. No Brasil, os números relacionados a redes sociais são muito expressivos, as empresas estão descobrindo formas de contratar profissionais, expor suas marcas e se comunicar. A pesquisa apontou que as ferramentas mais utilizadas por empresas potiguares são twitter 25%, blogs 15%, orkut 10%, outros 10% e 40% não responderam. Cada empresa tem propósitos distintos quanto às mídias sociais adotadas, no entanto, 75% apontaram o boca-a-boca como maior propósito. Já com relação ao retorno previsto, 35% prevêem que ocorra em longo prazo, 40% médio e 25% não responderam. Quanto aos critérios de escolha das ferramentas utilizadas 50% afirmam ser por inovação, 10% indicação e 40% não respondeu. A adoção das redes sociais por empresas potiguares é tímida, mas, o desconhecimento de como se portar no ambiente virtual e de manipular essas ferramentas ainda é o maior obstáculo.
O resultado deste estudo, originou um segundo estudo sobre a utilização das mídias sociais na “educação”, uma vez que a pesquisa anterior apontou o setor como o que mais investe em mídias sociais no Rio Grande do Norte. Diante desse contexto, foi realizada nova pesquisa utilizando os mesmos critérios de mapeamento anterior, onde os resultados do estudo foram apresentados no III Congresso Científico da Universidade Potiguar – UnP (2010), com o tema: “Comunicação Contemporânea Educacional: mídias sociais, novas práticas educacionais”.
De acordo com dados avaliados, 100% da amostra possuem site, dentro desse universo, todos contam com design moderno, espaços para postar vídeos, área restrita, informativos, e recados, porém, foi observado que o espaço de recados não oportuniza réplica às criticas, sugestões ou elogios, o que caracteriza uma comunicação unilateral. 77% das instituições desconhecem o fato dos docentes manterem blogs e 22% das instituições afirmaram ter conhecimento de que alguns docentes mantêm página na internet, mas, desconhecem o endereço. Dentre os blogs avaliados, 30% são editados por docentes de disciplinas da grade curricular comum do ensino médio (português e filosofia) e 70% da grade curricular de disciplinas especifica (técnicas secretariais e administração), além da disciplina de comunicação na graduação.
Conforme analise dos dados, fica evidente que a relação entre docentes e instituições de ensino encontra-se distanciada, podendo, através de esforços conjuntos obterem melhores resultados. A escola 2.0 ainda não é realidade potiguar, a falta de conhecimento impossibilita a ação dos docentes no ambiente virtual, além da cultura das instituições. O grande desafio é conquistar a atenção de alunos da era digital, mantendo uma cultura tradicional. A pesquisa não evidenciou a utilização da internet focada em algum projeto significativo, envolvendo escola e comunidade, o que demonstra a subutilização dos equipamentos e da rede.
Em ambas as situações, observamos que o maior obstáculo é sem dúvida a falta de conhecimento, no entanto, vale salientar que não foi observado nenhum esforço que possibilite uma ação futura. Devemos atentar, que tanto as organizações como as instituições de ensino estão lidando com nativos digitais (termo utilizado para caracterizar indivíduos nascidos a partir da década de 90 – já utilizando o computador), isto posto, torna-se relevante, não apenas saber como chamar sua atenção, mais como prender a atenção, além de ter conhecimento do que falam esses nativos sobre as marcas e produtos que consomem.
No caso das instituições educacionais a responsabilidade torna-se ainda maior, pois devem promover orientações sobre a utilização das ferramentas disponíveis no ambiente virtual, evitando uso inadequado da ferramenta e da rede, minimizando os efeitos nocivos aos alunos, como pesquisas inadequadas ou aliciamento no ciberespaço.
Em ambas as situações, o ideal é optar por uma política de utilização da internet, estabelecendo diretrizes e proporcionando orientações.
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